Faça a pergunta abaixo e abra uma roda de escuta ativa.
– Você consegue fazer um mapa mental sobre o processo de conscientização sobre sua identidade de gênero?
Após essa rodada de conversa, exiba o vídeo indicado e peça ao grupo que exemplifique possíveis violências sofridas por pessoas que fogem ao padrão normativo binário de gênero (masculino e feminino). Escreva no quadro as situações indicadas.
Para atividades online é possível registrar utilizando os recursos das plataformas colaborativas padlet, jamboad e mentimeter e outras, que atendam a necessidade do momento.
Reflita com o grupo que há pessoas que não se identificam com o gênero imposto ao nascimento e associado ao sexo biólogico – as pessoas transgêneras. Estas pessoas podem ter maior dificuldade de se compreenderem e se reconhecerem por diversos motivos, como por exemplo, as violências praticadas contra pessoas e corpos dissidentes. Isto é, pessoas que não se veem e não concordam com as normas sociais atribuídas à elas, como o gênero, estão mais vulneráveis a sofrerem violências físicas e simbólicas na sociedade.
Por outro lado, as pessoas que se reconhecem com o gênero designado ao sexo biológico (genitália e orgãos reprodutores) indicado no nascimento são cisgêneras.
A identidade de gênero tem a ver como a pessoa se reconhece, sente e se coloca no mundo e não com o sexo biológico. Ou seja, gênero é social e sexo é biológico.
Outra discussão que pode ser abordada com o grupo é sobre a diversidade sexual. Por exemplo, uma pessoa pode nascer com características físicas genitais de uma vagina e de um pênis ou saco escrotal. Essas pessoas são identificadas atualmente como intersexo. E é um fenômeno natural da natureza humana.
Na medicina já existe o mapeamento de 40 estados intersexos, que são caracterizados por “incompatibilidades entre órgãos e cromossomos sexuais, alterações hormonais e, em menor número, ambiguidades sexuais”. Estas pessoas também sofrem diversas violências na sociedade, já a partir da primeira infância, mais precisamente no nascimento quando, geralmente, são submetidas à intervenção cirúrgica para adequação do órgão genital ou hormonal pelo prisma binário.
Estimule também a reflexão sobre a linguagem neutra ou não binária, criada para não particularizar o gênero de uma pessoa e geralmente é utilizada para pessoas não-binárias ou agêneras. Ou seja, pessoas que não se sentem confortáveis ou não se identificam com a associação do masculino nem do feminino.
Prepare-se para esta atividade lendo as referências bibliográficas previamente. Atente-se para os textos e vídeos que abordam os temas sobre estereótipos (“papéis”) de gênero, expressão de gênero, interseccionalidade, cisgeneridade x transgeneridade, intersexualidade, entre outros.
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