Organize o espaço colocando as cadeiras em círculo, possibilitando que todas pessoas – inclusive você que mediará o encontro – se vejam. Essa proposta estimula uma desierarquização do saber. Isto é, todes estarão em uma posição de igualdade de conhecimento e conexão entre si.
Caso a atividade seja online, verifique uma plataforma que seja acessível para todes e durante a atividade peça es participantes que abra as câmeras por um momento, para que se vejam.
Para acolher o grupo e “quebrar o gelo”, coloque uma música que dialogue com o tema proposto. Para isso, faça uma pesquisa sobre músicas ou artistas que abordem o tema da atividade ou peça ao próprio grupo sugestões. A participação des jovens é importante para fomentar a construção coletiva do conhecimento, além de incluir o grupo na construção da metodologia pedagógica com referências da própria juventude na atualidade.
Peça ao grupo que reflita sobre a letra e artista da canção proposta. Esse momento de reflexão é individual e íntimo. Ao final da música, distribua uma tarjeta para cada pessoa e peça que responda a seguinte pergunta: Como está se sentindo hoje?
Cada pessoa deve ler a tarjeta e colá-la em um painel ou no quadro da sala. A proposta aqui é aproximar o grupo por meio do afeto, da empatia e do cuidado entre si, criando um vínculo de confiança entre todes presentes.
Para as atividades online, existem algumas ferramentas que podem auxiliar no registro desse momento, como por exemplo as plataformas Mentimeter.com e Padlet que fornecem possibilidades de visualização das respostas da turma.
Para iniciar a problematização da atividade, peça que o grupo fique de pé em um lado do espaço. As pessoas devem ficar uma do lado da outra. É importante que o espaço seja comprido o suficiente para a dinâmica funcionar. Faça uma série de perguntas que exponha situações específicas vividas por pessoas LGBTQIA+. A cada pergunta, a pessoa que já tenha passado pela situação, deve dar um passo à frente. É importante que você disponibilize um tempo entre as perguntas para que o grupo reflita sobre cada situação.
Sugestão de perguntas para a dinâmica:
1. Na infância, você já deixou de brincar com brinquedos que socialmente não eram indicados para o seu gênero? Por exemplo, brincar de bola (se for menina), de boneca (se for menino), de carrinhos (se for menina), de casinha (se for menino) etc.
2. Na infância, você já ouviu a frase “pare de chorar igual a uma menina”?
3. Você já deixou de usar uma cor de roupa por sentir receio de ser reprimide por alguém?
4. Você precisou dizer para a sua família a sua orientação sexual?
5. Você acha que pessoas como você são representadas de maneira negativa em novelas da TV?
6. Você já ouviu comentários homofóbicos que foram justificados por brincadeiras ou piada?
7. Você já sentiu medo de andar de mãos dadas ou demonstrar afeto com seu ou sua parceire amoroso em locais públicos?
8. Você já foi agredide verbalmente por ser quem você é?
9. Você já foi agredide fisicamente por ser quem você é?
10 . Você teve medo de ser quem você é na escola?
11. Você já teve medo de perder o emprego por ser quem você é?
Sugestão de músicas para iniciar a atividade: Pabllo Vittar – Indestrutível | Emicida, Majur e Pabllo Vittar – AmarElo